2.04.2006

Votaçao do melhor guarda redes estrangeiro

Esta sexta feira, pelas 00:00, concluiu-se mais uma votação, desta vez para encontrar e consagrar o mais valente guardião a morar entre os postes duma equipa chamada "pequena".


O resultado final, disputadissimo até à última, poderá, e ultimamente será, encarado como uma derradeira despedida em forma de homenagem a esse híbrido futebolístico que outrora passeou pelos nossos relvados, apelidando-se de Vladan.

A uns meros 3 votos ficou Acácio Barreto, outro inegável valor das redes, um internacional canarinho outrora ídolo da torcida vascaína, que deixou para trás a terra de Vera Cruz em busca de mais frutíferos ventos, tendo aterrado para os lados de Santo Tirso e, ulteriormente, Aveiro. Não sendo contemporâneo de Vladan - tinham 1,2 década de diferença -, compartia com este uma animalesca dimensão fisionómica. No entanto, enquanto a grandeza de Stojkovic se manifestava verticalmente, a do brasileiro fazia-se em termos horizontais.

A fechar o pódio, numa digníssima terceira posição - mais valor terá pelo facto de ter jogado nos nossos relvados pouco mais de meia época -, ficou o actual treinador de guarda redes do Atlético de Madrid, Baston. Chegado à equipa flaviense em meados da década de 90, deparou com a ingrata missão de fazer esquecer Luís Vasco, tarefa que José Nuno Amaro aparentemente não estaria talhado para cumprir. Infelizmente, também o espanhol não o logrou. Para os sportinguistas terá ficado na retina aquela noite no Municipal de Chaves, em que Baston tentou, infrutifera e naivemente, fintar o lorde da polivalentia búlgara Ivaylo Iordanov, tendo o esférico sobejado para o simples encosto de um então prolífico goleador, o internacional polaco Andrejz Juskowiak. Júbilo e fama para uns, o triste ocaso no país vizinho para outros.

Regressando agora ao vencedor da nossa votação, vou culminar este post com algumas palavras de apreço:
Tendo contabilizando mais de 90 jogos com a camisola do Leça da Palmeira na Primeira Divisão, o sérvio foi invariavelmente primeira - e única?- opção para misters consagrados como
Fernando Festas ou Rodolfo Reis.O seu valor é catapultado pelo facto de ter sido figura de proa num grémio recheado de valores, autênticos pontífices do nosso futebol como Constantino (o nosso Bebeto), Alfaia (o central de Timor Loro Sae), Cao (outra eterna esperança), ou mesmo Serifo (esse endiabrado ponta direita). Largo enfim aqui uma palavra de apreço e compreensão, em forma de poema, para com Best, esse eterno suplente, uma das muitas "vítimas" - e ponho isto entre parentesis, lançando a dúvida: será que o facto de Vladan não lhe ter dado hipóteses pela titularidade não só terá sido coberto mas, mais que tudo, compensado com tudo o que este último acabou por lhe doutrinar sobre a fina arte de defender uma baliza de 7,32? Por outras palavras, o privilégio de ter sido discípulo de Vladan deixará a consciência de Best em paz por nunca ter suplantado o mestre? - do incomensurável talento de Vladan:


Leça, onde o mundo começa, e onde Vladan invariavelmente fica entre os postes


E começa agora, oficialmente, a votação para melhor bigode managerial da antiga primeira divisão. Qual será o moustache que melhor se enquadra com o banco de suplentes de um qualquer clube aflito?

1 Comments:

Blogger LCF said...

Isto é uma democracia, o problema é que é do género preguiçoso...

Para a próxima apoia uma causa ganhadora!!!

8:32 da tarde  

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