2.05.2006

Jorge Jesus, essa entidade papal

Se, neste blog, Manuel Cajuda tem direito a título de mestre, por tudo aquilo que fez e falou durante anos a fio no futebol português, então Jorge Jesus tem direito ao cognome de Papa!

Papa porquê? - perguntam as mentes curiosas.

Pura e meramente porque o actual treinador do Leiria - depois de ter brilhado ao serviço de Felgueiras, Estrela Amadora, Moreirense, entre outros - é o mais firme elo de ligação do futebol terreno com o futebol celestial. Quando Jorge Jesus abre a boca, todo o mundo se espanta, todo o mundo se pasma, todo o mundo abre os braços na direcção do além.


Jorge Jesus, cujo diálogo é aparentemente vulgar e quiçá até no limiar do reles, é nada mais nada menos do que um ente superior camuflado de indivíduo brejeiro. Quem o seguir, à sua pessoa e palavra, terá salvaguardada a entrada para o paraíso futebolístico do primeiro toque, do envolvimento de todos os elementos nas missões ofensivas e defensivas, do aproveitamento cínico das oportunidades criadas. E novamente o Papa fez estragos, este fim de semana na recepção ao Benfica.

Deixo, como prova irrevogável daquilo que aqui pronuncio, uma única frase extraída de todo um ensinamento que foi a entrevista pós-jogo no flash interview:

"o Benfica só se pode queixar por ter perdido com uma grande equipa, com uma equipa com principios, meios e fins!"

Saudações SIlvínicas e um aleluia a Jorge Jesus, que ele nos abençoe.

1 Comments:

Blogger Eu said...

ainda me lembro de o ver como treinador do grande Amora FC, na década de oitenta: sempre vestido de preto, a mascar pastilha e peneirento até fazer inveja ao mourinho...

agora tudo mudou, já não se veste só de preto

tinha sido mais honesto dizer que a vitória do leiria assentou na exibição, essa sim celestial, daquele guarda-redes - a verdadeira besta negra do Glorioso, época após época -, mas, enfim, a honestidade desportiva não é um dos atributos dos agentes futebolísticos cá do burgo

6:35 da tarde  

Enviar um comentário

<< Home